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Bertelli e Fernando Paes de Barros, que foi aluno do mestre
No primeiro Troféu Alberto Bertelli, competição de Acrobacias que ocorrerá em Itápolis, nos dias 8,9 e 10 de setembro de 2016, o Aeroclube de Itápolis, que é a entidade idealizadora do evento e oferece os troféus, convidou Fernando Paes de Barros para ser o Patrono da Competição, que também assina os Troféus para os vencedores.
Paes de Barros é um representante de peso no cenário da acrobacia aérea nacional. Ele possui uma história de incentivo ao esporte será o o Patrono do I Troféu Alberto Bertelli, que ocorre no próximo mês.
O Patrono da competição é um guardião da memória de Alberto Bertelli, ele possui duas funções básicas, a primeira é e a busca por resultados justos, orientando juízes, e a segunda é a coordenação da segurança de voo na competição. "O Aeroclube está incentivando a acrobacia aérea, mas o aeroclube não tem histórico forte na acrobacia, com nome importante na modalidade, e por isso, ao criarmos a competição, convidamos um patrono, neste caso, o Fernando, para ser o representante do Aeroclube perante aos competidores e a comunidade acrobática", diz Josué Andrade, presidente do Aeroclube de Itápolis.
"Estou muito satisfeito que o Paes de Barros aceitou ser o patrono da competição. Em campeonatos temos sempre muitos novatos, que vem para competir mas também para buscar conhecimento, e o Fernando é ideal para promover esse intercâmbio de conhecimento entre os mais experientes e os iniciantes na modalidade. Será muito válido e vai ajudar a engrandecer a competição e a modalidade em si", declara Lucas Delcaro, diretor de prova.
Perfil
Paes de Barros nasceu em 1952 e começou a voar com seu pai quando era menino. É proveniente de uma família de aviação, seu pai era piloto de caça da FAB e era piloto de acrobacias. "Ele era um acrobata incrível", lembra. Fernando, que foi durante muito tempo piloto de linha aérea, começou a se encantar pelas acrobacias ainda nos anos 60, quando adolescente. "Os shows aéreos nos anos 60 eram festas incríveis com uma variedade de grandes artistas realizando suas proezas com os equipamentos restritos da época. Dentre eles me extasiava vendo o meu pai no PA-18, o Alberto Berteli no Bu-131, o Renato Pedroso no BU-133 e o Braga puxando os T-6s da Fumaça", conta.
Ele sempre manteve a admiração com os primeiros acrobatas: "A intimidade destes homens com o avião e o ar transformava seus voos em pura arte e me embriagava. Foram sempre a minha referência e passei a vida toda tentando me aproximar deste patamar cujo domínio transforma uma demonstração aérea numa obra de arte.", lembra.
Além de tudo, no começo de sua carreira na acrobacia, Paes de Barros teve instrução com o próprio Bertelli, que é um dos maiores ícones da acrobacia aérea no Brasil, provavelmente o maior incentivador da atividade. "Quis o destino que a minha formação de piloto se completasse sob a orientação de Alberto Berteli. Foram anos de ouro onde voei e virei quase tudo que voava na época", declara.
Paes de Barros também foi um grande incentivador da acrobacia no Brasil: "Nos anos 80 mesmo voando na comercial pude avançar na aviação acrobática e nos shows voando muito o T-6 e aperfeiçoando o voo no BU-131, realizando muitas demonstrações em festas e ajudando a estruturar a ACRO para darmos os primeiros importantes passos visando implementar no Brasil, a moderna acrobacia de competição. Este trabalho resultou na compra dos Cristen Eagles e nos primeiros campeonatos improvisados que culminaram com o envio de uma equipe brasileira para competir nos EUA em 1989 trazendo notoriedade e repercussão na mídia para a atividade acrobática", conta.
E durante muitos anos, ele foi competidor nos campeonatos nacionais e internacionais e sempre incentivando a acrobacia de precisão no Brasil, "Durante a década de 90 pudemos colher resultados espetaculares. Passei a competir nos EUA duas ou três vezes por ano voando Pitts- S2B sempre levando uma equipe de novos pilotos e juízes para adquirirmos know-how e criarmos a massa crítica necessária para evoluirmos na acrobacia de competição", declara.
E guarda uma certa predileção pelo Extra-300: "Vivi os melhores anos da minha vida pilotando o melhor par de asas que já tive o prazer de voar, um maravilhoso Extra-300 com o qual, ao longo de 13 anos efetuei mais de duzentas demonstrações, participei de dezenas de competições e conquistei quatro campeonatos brasileiros na categoria unlimited. Quero crer que em alguns destes momentos especiais ficamos suficientemente íntimos e ousamos compor no céu uma singela obra".
Abaixo, leia a entrevista com Paes de Barros e suas expecativas para o I Troféu Alberto Bertelli:
Qual a importância de incentivar a acrobacia de competição?
Nos anos 70 perdemos dezenas de pilotos e amigos em acidentes envolvendo manobras acrobáticas realizadas sem o devido treinamento. Em 1980 defendemos a ideia de que a pratica da acrobacia esportiva, organizada nos moldes da IAC americana, traria um objetivo claro e orientado aos nossos jovens pilotos, empolgados em efetuar acrobacias, que permitiria desenvolver sua técnica e preparo psicológico-emocional de forma orientada, gradativa e segura. Atrair os novos pilotos para aprender manobras voando em altura segura visando atingir sua perfeita execução, através da técnica e da crítica de juízes abalizados, ao invés de se exibir para leigos despreparados em voos a baixa altura, era e continua sendo a nossa proposta.
Em um campeonato, temos sempre pessoas começando na acrobacia, eles vão para competir, obviamente, mas também para buscar conhecimento. Qual a importância de incentivar o contato entre os aviadores mais experientes e os iniciantes?
Aprendemos principalmente pelo exemplo. Ter assistido o voo de grandes pilotos definiu, no meu caso, até onde eu poderia pretender chegar. Perseguir este patamar de proficiência e quem sabe ultrapassá-lo, nos leva a evolução no tempo. Não menos importante e valiosos são os ensinamentos (briefings e coachings) dos pilotos mais experientes onde os pulos do gato de toda ordem nos permitem avançar muito mais rapidamente no domínio da acrobacia.
Quais são suas dicas para os competidores iniciantes?
Seja sempre humilde, se aproxime de quem sabe, cuide do preparo físico, exercício aeróbico curto e anaeróbico concentrado no fortalecimento lombar, abdominal e do pescoço, estude teoria de voo e das manobras, desenvolva muita disciplina de voo para subir todos os degraus explorando e treinando à exaustão as manobras básicas e avançando rumo as mais complexas no tempo certo. Só voe planejado, voos curtos de preferência com alguém comentando ou filmando no solo. Desenvolva a sua consciência espacial e situacional e controle o emocional com rédea curta. Lembre-se que a arrogância é prima irmã da burrice.
Sabemos, que pelo próprio princípio da competição, os campeonatos são muito seguros, mesmo assim, esta é uma área que sempre há espaço para mais preocupação e mais atenção. Quais as principais dicas de segurança para quem participa?
Considero que uma vida longa na acrobacia depende de disciplina pessoal rígida, do domínio da técnica de pilotagem, do preparo físico e condicionamento ao voo acrobático, do desenvolvimento de um alto grau de consciência espacial e situacional, do conhecimento e aplicação das leis da física no gerenciamento preciso da energia total durante a execução da sequência acrobática. Além disso o controle emocional e o equilíbrio psicológico devem ser exercitados em alto grau pois deles dependem os julgamentos frios e precisos que garantem nossa sobrevivência nesta arena.
O I Troféu Alberto Bertelli tem apenas três categorias, e elas são adaptadas para a realidade de aviadores e aeronaves que temos no Brasil. Por exemplo: a categoria Super Esporte tem sequencias pensadas no máximo que um RV, Decathlon e Cap-10 conseguem fazer. O quê você acha desta inciativa?
Nos idos de 1980 quando não dispúnhamos de aeronaves de alta performance, desenhamos o primeiro campeonato neste formato. As sequencias divulgadas permitiam que que os T-21, T-22 e PT-19 disputassem em uma categoria, os C-152 e Citabrias em outra, os T-25 e T-6 em outra e o BU-131 e o Pitts S2A na mais elaborada. Foi interessante e a maior disputa ocorreu na categoria dos C-152 e Citabrias com a vitória de um menino de 18 anos chamado Ricardo Gobetti.
Você teve contato com o próprio Alberto Bertelli, nosso maior ícone da acrobacia, qual característica dele você mais admirava?
Sim, tive a sorte de conviver com ele durante os últimos seis anos de sua vida. Admirava muito a sua simplicidade, como ele vivia com muito pouco. Tinha também uma jovialidade impressionante por ser naturalmente curioso e inventivo. Quando o conheci em 1975, ele tinha mais de sessenta e eu vinte e poucos. E parecia que tínhamos a mesma idade. Mas o que mais me impressionava mesmo era a sua genialidade, que lhe permitia depreender da observação prática do mundo, as leis da física, da cinemática e da mecânica e aplica-las no voo e nas manobras com uma maestria e perícia incomparáveis. Sua sensibilidade de artista completava a obra de arte com que nos presenteava nos finais de tarde voando o TEZ ou outro par de asas que estivesse disponível.
Lembra de algum "causo" dele que sustenta isso?
Lembro de um em especial que colocou o Veio em um patamar acima dos grandes pilotos de sua época. Seu irmão Edmundo me contou como ele venceu o campeonato sul americano de acrobacias realizado em São Paulo nos anos 50. Não haviam ainda as regras e tratava-se de impressionar os juízes com manobras ousadas e a baixa altura. Os mais cotados eram o campeão argentino, e o Renato Pedroso voando Buckers Jungmeister que exploraram bem a vantagem de seus aviões efetuando rooling circles apertados com dois tunas, torque rolls e outras manobras invertidas de alta dificuldade. O Berteli voando o Jungman mais restrito, estava em terceiro na pontuação dos juízes. No final de sua sequência quando após o tradicional trafego curto invertido, para pouso, desvirou na conta para tocar na frente dos juízes. E após o toque surpreendeu a todos perfazendo ainda um perfeito tunô rápido, livrando asas por centímetros, completando o pouso três pontos e ganhando a competição.
Acompanhe mais novidades sobre a competição pelo site do Aeroclube de Itápolis ou pelo site da EJ, o principal patrocinador da competição.
Vídeo: tour pelo campus itápolis
Vídeo
Mural Informativo
A EJ Faculdade, sempre comprometida com a formação de novos profissionais da aviação, também se destaca por seu impacto social. Através do projeto "Voando para o Futuro", a instituição está levando o universo da aviação a centenas de crianças de escolas públicas, incentivando-as a sonhar alto e a visualizar um futuro nas mais diversas áreas da aviação. Voltado para crianças de 6 a 10 anos, o projeto recebe em média 600 alunos por ano, que têm a oportunidade de visitar as instalações da EJ. Elas interagem com aviões, realizam atividades lúdicas e participam de brincadeiras com o apoio dos próprios alunos e profissionais da faculdade, que se envolvem diretamente na experiência. O "Voando para o Futuro" não se limita apenas a inspirar futuros pilotos. Ele também desperta o interesse por outras carreiras dentro da aviação, como comissários de bordo, mecânicos e até mesmo professores, demonstrando o potencial transformador que o setor pode ter na vida dessas crianças. Embora essa ação social já venha sendo realizada há anos, foi em 2024 que ela ganhou seu nome oficial e começou a expandir seus horizontes. O objetivo da EJ é alcançar ainda mais crianças nos próximos anos, mostrando que o sonho de voar não é apenas coisa de criança, mas sim o início de um futuro e de uma paixão. Com esse projeto, a EJ reafirma seu compromisso não apenas com a educação de excelência, mas também com a sociedade, ajudando a construir um futuro no qual os sonhos também se tornam realidade. Confira o vídeo oficial do projeto clicando aqui
A aviação é uma das carreiras que mais proporciona a ascensão de jovens talentos no mundo, Quando aliados a um treinamento de excelência, esses profissionais podem alcançar horizontes inimagináveis.Um exemplo desse sucesso é André Acaui, ex-aluno da EJ – Escola de Aviação Civil, que se tornou primeiro oficial do EMBRAER 195 com apenas 22 anos de idade. André relembra como foi sua experiência durante seu período de formação na EJ e conta como a escola o ajudou a alcançar seu ingresso na Azul Linhas Aéreas "A escola de aviação EJ foi essencial para o meu crescimento enquanto profissional. Iniciei meu percurso na aviação em 2019, aos 18 anos, em Itápolis, realizando o curso de piloto privado, o comercial/IFR até me tornar instrutor de voo em 2022, além de ter realizado a faculdade de pilotagem profissional de aeronaves e outros cursos durante o percurso. Inegável que a estrutura única da escola, combinada com a excelência de ensino foram essenciais para a minha nova trajetória profissional na Companhia Azul Linhas aéreas. Tendo sido admitido em 2023, com 22 anos de idade, como primeiro oficial do EMBRAER 195 tenho a certeza de que o preparo fornecido pela EJ foi essencial para o meu ingresso na aviação comercial. Assim, gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos que fizeram parte deste processo, tanto em Itápolis quanto em Jundiaí, onde também fui instrutor de voo por um período. Por fim, deixo meus Agradecimentos em especial aos Comandantes Edmir e Josué que administram a melhor escola de aviação da América Latina." A participação e determinação de André permanecerão para sempre na história da EJ. Sentimos orgulho de poder ter realizado o seu treinamento e de também poder ter ajudado na conquista desse sonho.
Buscando a formação de pilotos profissionais com excelência no mercado, o método de ensino da EJ Escola forma, há anos, pilotos para além das fronteiras do Brasil. Esse é o caso de nosso ex-aluno e instrutor, Maicom Garcia, que escolheu a EJ para a realização de seu sonho de se tornar piloto."Realizei todo o meu treinamento na EJ, desde o curso de piloto privado até o de instrutor de voo. Após a conclusão do curso de instrutor de voo, tive a oportunidade de trabalhar por dois anos como instrutor na escola, antes de iniciar minha carreira na aviação comercial."Após atuar em uma companhia aérea brasileira, Maicom exerceu a profissão na China e, atualmente, voa no Cazaquistão pela empresa Air Astana. Além do método de ensino, o comandante conta como a EJ o ajudou em sua adaptação a diversos ambientes culturais."Voei por sete anos na Avianca, onde me tornei comandante de A320. Após a falência da companhia, voei na China e, hoje, continuo como comandante de A320 no Cazaquistão. Posso dizer que a infraestrutura, filosofia e qualidade do treinamento oferecido pela escola foram primordiais para a formação de uma base forte, que reflete até hoje na minha carreira e facilita muito minha adaptação a qualquer ambiente cultural."Por ter atuado como instrutor na escola, Maicom teve a oportunidade de acumular horas de voo para ganhar experiência e se aprofundar na padronização da equipe de instrução, que segue rigorosos critérios de ensino para familiarizar o piloto com uma operação aérea."A padronização oferecida pela escola é baseada nos mesmos princípios de uma empresa de linha aérea, o que facilita muito a adaptação quando se inicia a carreira na aviação comercial. A EJ possui um ambiente perfeito para o aprendizado. A localização e o clima de Itápolis são ideais para que o aluno tenha um processo de imersão no mundo da aviação, tendo contato direto com toda a parte operacional enquanto desenvolve a parte teórica, facilitando muito a fixação do conteúdo. A infraestrutura também conta com alojamentos e toda a parte de lazer, como piscina e quadra poliesportiva, para os momentos de descanso e interação entre os alunos."Mesmo após anos de sua formação, Maicom ainda mantém contato com a escola e faz parte da história e da família EJ, assim como diversos outros pilotos que tiveram sua formação na escola."Hoje, mesmo morando na Ásia, ainda utilizo os serviços da escola, mantendo minha habilitação de monomotor válida e realizando a renovação do meu ICAO quando venho ao Brasil durante minhas férias. Agradeço ao Cmte Josué e ao Cmte Edmir por todos os ensinamentos que recebi durante os anos em que estive na EJ, e que carrego comigo até hoje."É através de exemplos como esse que buscamos inspirar novos aviadores a irem além das expectativas e voarem mais alto. A EJ se orgulha dessa trajetória e está sempre de braços abertos para todos aqueles que, como Maicom, fizeram parte de nossa história.
EJ Escola Superior de Aviação Civil
Uma escola voltada para o mercado
Mais de 10 mil pilotos formados voando profissionalmente
Porque formamos os melhores aviadores do Brasil
Mecânico de Manutenção Aeronáutica
Performance Based Navigation (PBN)
Reduced Vertical Separation Minimum (RVSM)
Grupo EJ
EJ Escola Superior de Aviação Civil
DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051
DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051
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