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Juliana Fraschetti e o Pitts S2C
Atualizado: em 5 de setembro de 2017.
Leia o editorial: “em lembrança da memória da pioneira Joana Castilho”
na direção correta, sem variar nada de proa, exatamente na direção contrária que entrou, era um parafuso de uma volta e meia. O biplano Pitts S2C seguiu descendo em uma linha vertical impecável, como pede a regra, antes de voltar para o voo nivelado e seguir para a próxima manobra, a terceira da sequencia, com boa velocidade.
Naquele momento quem assistia já sabia que dificilmente Juliana Fraschetti perderia o campeonato. Era a segunda e última prova da competição e ela entrou no box apenas para administrar a vantagem conquistada no primeiro voo. Depois do parafuso, o avião seguiu para manobras como meio oito cubano, loopings e tunôs, que raramente geram surpresas em pilotos talentosos.
O parafuso é uma das manobras que mais pregam peças nos competidores, porque o avião sai de uma situação de baixíssima velocidade, rodando, e o piloto tem que pará-lo exatamente na direção correta. O tempo para os comandos necessitam de ser bastante precisos. Erros e grandes perdas de pontos, nesta manobra, ocorrem até em pilotos de campeonatos mundiais de altíssimo nível. Para cada cinco graus que o parafuso pare antes ou depois, um ponto é a penalização. Em casos de passar 15 ou 20 graus, o que é um erro corriqueiro, o resultado já fica comprometido.
Nesta segunda prova, Juliana administrou bem conquistou a medalha de prata, fazendo 80,3%. O ouro foi para Pedro Anunciação, instrutor de voo do Aeroclube de Poços de Caldas, que recebeu a nota 83,2%. Mas na somatória de resultado geral, Juliana foi campeã brasileira na categoria Primary, a categoria mais concorrida no Brasil, com um total de 82,2%. Foi a primeira vez que uma mulher venceu um campeonato no Brasil em 76 anos. Joana Castilho venceu as competições de 1940 e 41, na “Semana da Asa” (leia link para editorial no fim da matéria).
Na primeira prova, no dia anterior, com as mesmas manobras, Juliana havia se colocado em primeiro com 84,1% e levado a medalha de ouro, com uma diferença de 5 pontos percentuais para o segundo colocado, Thiago Sabino, de Pirassununga, interior de S. Paulo, e comandante de Linha Aérea. Foi uma diferença significativa. Em terceiro Jean Delegrave, de Erechim. Era só Juliana não cometer um grande erro na segunda prova, que o campeonato estava garantido.
A competição ocorreu no início de agosto, em Pirassununga, na Academia da Força Aérea e casa da Esquadrilha da Fumaça. Foi organizada pela CBA, Comitê Brasileiro de Acrobacias Aéreas. Onze competidores participaram da categoria, e pela primeira vez no Brasil mais mulheres que homens competiram. Sendo seis mulheres e cinco homens.
E foi acirrada, com Juliana enfrentando com loopings, tunôs e parafusos, a tradicional escola gaúcha de aviação. Dos três alunos de Oswaldo Guerra, filho do lendário piloto e instrutor de acrobacias Fernando Guerra, dois subiram ao pódio ao lado de Juliana: Pedro Anunciação e Thiago Sabino, que se qualificaram em segundo e terceiro lugar, com voos consistentes. Pedro, que estava com um voo bastante competitivo, foi traído exatamente pelo parafuso na primeira prova, onde, na parada, passou aproximadamente dez graus, perdendo alguns valiosos pontos.
Construção da vitória
Juliana Fraschetti, 30 anos, é natural de Jaú, é a instrutora dos cursos de Acrobacias Aéreas e de Upset Recovery na EJ Escola de Aeronáutica. Na própria EJ ela se formou nos cursos de PIloto Privado, Comercial, Instrutor de voo e Acrobacia Aérea. No campeonato de 2016 da CBA ela recebeu o troféu de Piloto Revelação, e no I Troféu Alberto Bertelli de Acrobacias Aéreas, organizado pelo Aeroclube de Itápolis, também no ano passado, ela ficou em segundo lugar, mostrando assim, consistência e evolução nos voos.
E mesmo antes de se aventurar pilotando pelos ares, ela tornou-se faixa preta em karatê e taekwondo, onde coleciona medalhas, inclusive, diversas de ouro. Juliana foi Campeã Paulista de Karatê e Bicampeã Paulista de Tawekwondo. E sobre a relação entre artes marciais e os voos acrobáticos Juliana faz um paralelo: "O primeiro fator é psicológico e disciplina de treinamento, somado ao objetivo de querer competir”, conta.
Entre os diversos ensinamentos que as artes marciais lhe passaram, ela enumera: "disciplina, respeito e comprometimento são os principais", diz. Em sua carreira como lutadora, da qual Juliana participa ativamente desde os cinco anos de idade, a acrobata áérea passou por desafios e dificuldades. Em relação aos momentos difíceis, Juliana lembra de uma frase de seu instrutor no tatame: "o impossível é só uma etapa".
Como funcionam as competições
Os campeonatos de Acrobacia tem julgamento técnico, onde todos os pilotos executam suas sequencias. Os juízes ficam no solo e contam pontos por ângulos das manobras, rotações, linhas e proas. A CBA, neste ano, manteve sua meta de investimento e qualificação de juizes de competição, e desta vez trouxe Marty Flournoy, norteamericano que será um dos Juizes do Campeonato Mundial de Acrobacias. Em anos anteriores, John Gaillard, sul africano que havia sido juiz chefe de Campeonatos Mundiais, também foi juiz do Nacional e ajudou a balizar os juizes Brasileiros.
O box acrobático é uma caixa virtual com 1 km de altura, de largura e de profundidade onde os pilotos executam suas manobras seguindo o Código Aresti, padrão da FAI - Féderation Aéronatique Internationale, que é o método de catalogar e julgar as figuras acrobáticas, introduzido no primeiro campeonato mundial, em 1960, na Checoslováquia, inaugurando a era moderna da acrobacia aérea, de precisão.
Acrobacias como ferramenta de aprimoramento e segurança de voo
A EJ tem investido nos últimos anos na Acrobacia Aérea como mecanismo de aprimoramento da qualidade de voo e segurança, desde a implantação do curso de Upset Recovery, que usa técnicas da acrobacia aérea, para melhoria da qualidade dos pilotos. “É importante saber a acrobacia aérea, pelo menos o Upset Recovery, que não chega a ser um voo acrobático, mas faz algumas manobras com o objetivo de estudo”, diz Josué Andrade, diretor da EJ. “E se os alunos gostam deste tipo de voo, nós os incentivamos a seguir para a acrobacia de precisão, que é segura e feita com bons limites de altura”. “A acrobacia incentiva o aumento da consciência situacional dos pilotos, é muito útil para emergências. Isso prepara melhor o piloto, melhora a velocidade do raciocínio, deixa rápido e automático, em questões como velocidade, atitude, altitude, posicionamento, e isso é útil em todos os tipos de voos, desde o comercial ao agrícola, melhora a proatividade do aviador, isso já está provado, e oferecemos essa formação aqui, de qualidade”, complementa.
Resultado Oficial
1 JULIANA FRASCHETTI / Pitts S-2C / 82,209
2 PEDRO ANUNCIACAO / Decathlon / 79,506
3 THIAGO SABINO / Decathlon / 79,188
4 JEAN DALEGRAVE / Christen Eagle / 76,238
5 VINICIUS HENRIQUE / Decathlon / 74,517
6 BINHO / CAP 10B / 74,303
7 THAYANNE MOURA / Van's RV / 769,353
8 LISA RITTER / Van's RV7 / 68,339
9 ALINE SCHUMACHER / Van's RV7 / 62,345
10 GABRIELA PRANTE / Van's RV7 / 57,790
11 PATRICIA RAMANAUSKAS / Decathlon / 30,455
Atualizado: em 5 de setembro de 2017.
Leia o editorial: “em lembrança da memória da pioneira Joana Castilho”
Vídeo: tour pelo campus itápolis
Vídeo
Mural Informativo
A EJ Faculdade, sempre comprometida com a formação de novos profissionais da aviação, também se destaca por seu impacto social. Através do projeto "Voando para o Futuro", a instituição está levando o universo da aviação a centenas de crianças de escolas públicas, incentivando-as a sonhar alto e a visualizar um futuro nas mais diversas áreas da aviação. Voltado para crianças de 6 a 10 anos, o projeto recebe em média 600 alunos por ano, que têm a oportunidade de visitar as instalações da EJ. Elas interagem com aviões, realizam atividades lúdicas e participam de brincadeiras com o apoio dos próprios alunos e profissionais da faculdade, que se envolvem diretamente na experiência. O "Voando para o Futuro" não se limita apenas a inspirar futuros pilotos. Ele também desperta o interesse por outras carreiras dentro da aviação, como comissários de bordo, mecânicos e até mesmo professores, demonstrando o potencial transformador que o setor pode ter na vida dessas crianças. Embora essa ação social já venha sendo realizada há anos, foi em 2024 que ela ganhou seu nome oficial e começou a expandir seus horizontes. O objetivo da EJ é alcançar ainda mais crianças nos próximos anos, mostrando que o sonho de voar não é apenas coisa de criança, mas sim o início de um futuro e de uma paixão. Com esse projeto, a EJ reafirma seu compromisso não apenas com a educação de excelência, mas também com a sociedade, ajudando a construir um futuro no qual os sonhos também se tornam realidade. Confira o vídeo oficial do projeto clicando aqui
A aviação é uma das carreiras que mais proporciona a ascensão de jovens talentos no mundo, Quando aliados a um treinamento de excelência, esses profissionais podem alcançar horizontes inimagináveis.Um exemplo desse sucesso é André Acaui, ex-aluno da EJ – Escola de Aviação Civil, que se tornou primeiro oficial do EMBRAER 195 com apenas 22 anos de idade. André relembra como foi sua experiência durante seu período de formação na EJ e conta como a escola o ajudou a alcançar seu ingresso na Azul Linhas Aéreas "A escola de aviação EJ foi essencial para o meu crescimento enquanto profissional. Iniciei meu percurso na aviação em 2019, aos 18 anos, em Itápolis, realizando o curso de piloto privado, o comercial/IFR até me tornar instrutor de voo em 2022, além de ter realizado a faculdade de pilotagem profissional de aeronaves e outros cursos durante o percurso. Inegável que a estrutura única da escola, combinada com a excelência de ensino foram essenciais para a minha nova trajetória profissional na Companhia Azul Linhas aéreas. Tendo sido admitido em 2023, com 22 anos de idade, como primeiro oficial do EMBRAER 195 tenho a certeza de que o preparo fornecido pela EJ foi essencial para o meu ingresso na aviação comercial. Assim, gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos que fizeram parte deste processo, tanto em Itápolis quanto em Jundiaí, onde também fui instrutor de voo por um período. Por fim, deixo meus Agradecimentos em especial aos Comandantes Edmir e Josué que administram a melhor escola de aviação da América Latina." A participação e determinação de André permanecerão para sempre na história da EJ. Sentimos orgulho de poder ter realizado o seu treinamento e de também poder ter ajudado na conquista desse sonho.
Buscando a formação de pilotos profissionais com excelência no mercado, o método de ensino da EJ Escola forma, há anos, pilotos para além das fronteiras do Brasil. Esse é o caso de nosso ex-aluno e instrutor, Maicom Garcia, que escolheu a EJ para a realização de seu sonho de se tornar piloto."Realizei todo o meu treinamento na EJ, desde o curso de piloto privado até o de instrutor de voo. Após a conclusão do curso de instrutor de voo, tive a oportunidade de trabalhar por dois anos como instrutor na escola, antes de iniciar minha carreira na aviação comercial."Após atuar em uma companhia aérea brasileira, Maicom exerceu a profissão na China e, atualmente, voa no Cazaquistão pela empresa Air Astana. Além do método de ensino, o comandante conta como a EJ o ajudou em sua adaptação a diversos ambientes culturais."Voei por sete anos na Avianca, onde me tornei comandante de A320. Após a falência da companhia, voei na China e, hoje, continuo como comandante de A320 no Cazaquistão. Posso dizer que a infraestrutura, filosofia e qualidade do treinamento oferecido pela escola foram primordiais para a formação de uma base forte, que reflete até hoje na minha carreira e facilita muito minha adaptação a qualquer ambiente cultural."Por ter atuado como instrutor na escola, Maicom teve a oportunidade de acumular horas de voo para ganhar experiência e se aprofundar na padronização da equipe de instrução, que segue rigorosos critérios de ensino para familiarizar o piloto com uma operação aérea."A padronização oferecida pela escola é baseada nos mesmos princípios de uma empresa de linha aérea, o que facilita muito a adaptação quando se inicia a carreira na aviação comercial. A EJ possui um ambiente perfeito para o aprendizado. A localização e o clima de Itápolis são ideais para que o aluno tenha um processo de imersão no mundo da aviação, tendo contato direto com toda a parte operacional enquanto desenvolve a parte teórica, facilitando muito a fixação do conteúdo. A infraestrutura também conta com alojamentos e toda a parte de lazer, como piscina e quadra poliesportiva, para os momentos de descanso e interação entre os alunos."Mesmo após anos de sua formação, Maicom ainda mantém contato com a escola e faz parte da história e da família EJ, assim como diversos outros pilotos que tiveram sua formação na escola."Hoje, mesmo morando na Ásia, ainda utilizo os serviços da escola, mantendo minha habilitação de monomotor válida e realizando a renovação do meu ICAO quando venho ao Brasil durante minhas férias. Agradeço ao Cmte Josué e ao Cmte Edmir por todos os ensinamentos que recebi durante os anos em que estive na EJ, e que carrego comigo até hoje."É através de exemplos como esse que buscamos inspirar novos aviadores a irem além das expectativas e voarem mais alto. A EJ se orgulha dessa trajetória e está sempre de braços abertos para todos aqueles que, como Maicom, fizeram parte de nossa história.
EJ Escola Superior de Aviação Civil
Uma escola voltada para o mercado
Mais de 10 mil pilotos formados voando profissionalmente
Porque formamos os melhores aviadores do Brasil
Mecânico de Manutenção Aeronáutica
Performance Based Navigation (PBN)
Reduced Vertical Separation Minimum (RVSM)
Grupo EJ
EJ Escola Superior de Aviação Civil
DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051
DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051
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