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A história do taxista do aeroporto de Guarulhos que vai pilotar aviões no aeroporto de Guarulhos


Quem chega e sai de carro do aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país, quando está na via que liga o aeroporto à Rodovia Dutra, normalmente é surpreendido por aviões em operações de pousos e decolagens passando logo acima dos carros. Ninguém resiste a admirar os belos aviões a baixa altura, com faróis acesos, luzes piscando e trem de pouso baixado.

Quando você tem um especial interesse por aviões, como Renato Campos, 40, você também olha, mesmo se você estiver acostumado com essas cenas ao passar ali diariamente durante quase três anos sendo taxista da Guarucoop, baseado no terminal. “Só escutar o ronco ou o cheiro do querosene, ou ouvir algum barulho de avião, o cara vai procurar”, explica Renato. “Uma vez quase saí fora da pista olhando”, conta.

A paixão de Renato por aviões não começou quando atuava como motorista de taxi. Ele já era piloto comercial, e por infortúnios da vida, havia perdido um emprego onde voava um Embraer Tupi, monomotor de quatro lugares, em Mato Grosso, para um fazendeiro. “Quando eu voltei, e era uma época que não tinha emprego para piloto, e eu era casado, tinha filho, eu tinha que fazer alguma coisa, tinha que fazer algo para poder ter renda”, afirma. “Foi época da Vasp e Transbrasil falindo, tinham muitos pilotos desempregados”.

Natural de Guarulhos, a história de Renato na aviação começou bem antes, na Força Aérea Brasileira, onde fez o curso de especialização para mecânico de aeronaves e serviu por um ano na Base Aérea de Campo Grande. Lá trabalhou fazendo manutenção das aeronaves Bandeirante e Helicópteros Bell. Depois de um ano estudando e fazendo estágio de mecânico aeronáutico, foi transferido para a Base Aérea de São Paulo onde trabalhou no Quarto Esquadrão de Transporte Aéreo por mais seis anos. “Lá eu comecei a ter a vontade de pilotar”, conta. Era 2001 e Renato começou a fazer o curso de piloto no Aeroclube de Jundiaí, onde no mesmo ano conquistou sua habilitação de piloto privado, e em 2003, a de piloto comercial.

Seguiu para voar o Tupi em Mato Grosso onde atuou por dois anos, e devido a dificuldades financeiras da fazenda, o avião acabou sendo vendido. Sem emprego e esperança, ele partiu para o taxi no terminal Guarulhos, onde além de passageiros, casualmente transportava pilotos das companhias aéreas. “Falavam para eu não desistir, que avião era isso, de altos e baixos”, afirma.

Sem medo de trabalho e desafios, Renato revezou o taxi de um amigo que trabalhava das 6 da manhã até as 18 horas. O restante do tempo ele cobria dirigindo por toda a noite e madrugada transportando passageiros que embarcavam e desembarcavam em Guarulhos. “Quando eu via aquelas aeronaves vindo para pouso, na aproximação final, doía o coração, tiveram vezes que eu cheguei até a chorar. Será que não vou conseguir voltar mais? Será que meu sonho se acabou?”, indagava-se.

Enquanto estava temporariamente de motorista, seu pensamento em aviação não parou. Renato estudou para fazer faculdade Ciências Aeronáuticas na Anhembi Morumbi, onde conheceu instrutores da EJ. Lá ele vislumbrou a possibilidade de voltar aos voos. Em uma época também de contratações rápidas para companhias aéreas, faltavam instrutores e a EJ abriu a possibilidade de exceção para Renato tornar-se instrutor apenas fazendo o curso de INVA, instrutor de voo de avião, na escola.

Na EJ, Renato Campos atuou como instrutor por cerca de 4 mil horas de voo onde ministrou aulas de voo em todos os modelos da frota da escola. Agora, com experiência suficiente, foi contratado pela LATAM. Atualmente está fazendo o curso para ser copiloto de Airbus em um dos centros de treinamento da empresa no Chile. “Abracei a oportunidade, estou lutando ainda, não acabou, estou em simulador, depois tem treinamento em rota, mas é um sonho realizado”, afirma.

Uma dica para quem está na batalha? “Se ele tem um sonho de voar, que não desista. Eu fiquei seis anos na instrução, vi colegas meus entrarem, vi colegas que começaram na instrução junto comigo e hoje já são comandantes, vi colegas que eu dei instrução e entraram na companhia antes de mim, e eu nunca desisti, hoje chegou minha vez”, diz Renato. “Se a pessoa tem um sonho, ela vai passar pelas várias dificuldades, ela tem que caminhar sempre com o objetivo dela”.

Renato além de operar em diversos aeroportos Brasil afora, terá a oportunidade de conhecer o dia a dia do Aeroporto de Guarulhos, agora por outra perspectiva.

A EJ o agradece pelos anos de dedicação ao ensino e deseja boa sorte em sua nova fase na carreira de aviador.

Publicado em 05/02/2018


Vídeo: tour pelo campus itápolis

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    Mural Informativo


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DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051