EJ - Escola de Aviação Civil


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Aos 33 chutou tudo e foi seguir seu sonho. Agora, aos 42, vai pilotar Boeings 737

Azevedo trabalhando na Cosipa/Usiminas (esquerda) e como instrutor de voo (direita)


Leandro Aredes de Azevedo, todos os dias, acordava bem cedo, tomava um banho, vestia uma calça social, camisa com logo da da empresa, calçava sapatos devidamente engraxados, penteava o cabelo e ajudava seus dois filhos a se arrumarem com o uniforme da escola.

Com todos arrumados, seguia para a cozinha, onde preparava o café e o achocolatado das crianças. Sua esposa cortava os pães para fazer os lanches, que variavam entre presunto, queijo, manteiga e margarina. Na televisão, enquanto tomavam o café da manhã, assistiam as últimas notícias do programa Bom Dia Brasil.

Vinte minutos depois, descia com as crianças para a rua onde aguardava a perua que as levavam para a escola. Logo ele pegava o ônibus fretado que seguia pela Piaçaguera Guarujá.

O ônibus o levava até a siderúrgica da Cosipa/Usiminas, no polo industrial de Cubatão, onde trabalhava há 14 anos, desde quando completou a maioridade. Exatamente 1h30 minutos depois de desligar o despertador, às 7:00 em ponto, entrava no centro de controle operacional, onde trabalhava na programação de processo de fabricação de aço. Seu trabalho envolvia definir os usos dos materiais em cada momento do processo industrial.

Na Cosipa, Azevedo começou como aprendiz júnior. Logo depois foi para operador trainee, foi subindo alguns cargos e já era líder de equipe. Já era certo que em cerca de mais um semestre seria elevado ao cargo de supervisor. A empresa fornecia um bem elaborado plano de carreira. Quando terminasse a faculdade de engenharia de produção, a qual Leandro cursava à noite, na UNIP Santos, teria muito mais avanços e salários melhores. Ele já estava no quinto período.

Nos fins de semana sempre havia um passeio com as crianças na bonita orla da cidade. Não raramente, aos sábados, ia com os amigos e filhos torcer para o Santos, na Vila Belmiro.

Seu apartamento já estava pago. A empresa fornecia um bom plano de saúde para toda a família, estabilidade, e diversos outros benefícios, como clubes de funcionários. Ele tinha planos para, depois de formado e com as promoções que ocorreriam, comprar uma casa maior.

Leandro construía uma vida seguindo um script de comercial de margarina, mas assim como muitos casais que se casam muito jovens, o relacionamento ficou desgastado e desmoronou. Era 2011 e ele tinha 33 anos de idade. “Estava passando por um momento difícil da vida. Meus filhos não estavam morando mais comigo”, relembra.

Com uma nova rotina, sem a convivência diária com filhos, achando tudo monótono, tomou uma atitude drástica, resolveu desmoronar a carreira também e seguir seu sonho: ser piloto de aviões. “Sempre quis, mas a vida leva para outros caminhos, sabe?”, comenta.

Entrou em contato com um primo, comandante da Latam, e pediu uma dica de como começar. “Quando decidi, ele disse para ir pra EJ”. Menos de um mês depois, em janeiro de 2011, estava sentando em uma das salas de aula da EJ Jundiaí. Ali começava o primeiro beabá: o teórico de piloto privado. A família apoiou, mas com certo receio. “Foi sonho. Misturado com coragem de sempre acreditar que ia dar certo”, afirma Azevedo.

Foi uma jogada ousada: investir suas reservas, sem certeza de retorno, nos caros cursos de aviação, e sem emprego. Em pouco menos de um ano e meio, em dedicação integral, já havia concluído o curso de piloto privado e comercial. As reservas acabaram e ele vendeu seu carro. “Meu pai tinha uma cgzinha e me emprestou”, conta. Logo ele fez o curso de INVA (Instrutor de voo), e no fim de 2012 já foi contratado como instrutor para dar aulas teóricas e práticas na unidade Jundiaí. “Entrei de corpo e alma para a aviação, mesmo”, afirma.

Com bom desenvolvimento, logo tornou-se instrutor sênior, dando aulas práticas em todos os modelos da escola, do Cessna 152 até o bimotor Seneca. Em 2015, já com 1400 horas de voo, Azevedo foi para aviação executiva, retornando para o quadro de instrutores da EJ em julho de 2019.

Durante os seis meses que trabalhou na sua segunda passagem pela instrução, priorizou as aulas nos simuladores de voo, focando nas seleções de companhias aéreas. Entre voos práticos e simuladores, ensinou por mais cerca de 200 horas.

Já com mais de 2 mil horas de voo, foi contratado, agora em janeiro, pela Gol. Azevedo está no momento fazendo ground school do Boeing 737-800. Em breve, fará aulas no simulador da companhia para, na sequencia, terminar a instrução de voo prática, já em rota, com passageiros. “Uma emoção muito grande de ver a grandeza da coisa. A ficha cai, depois não cai, fica flutuando. Mas é muita coisa pra estudar, não dá tempo de ficar filosofando”, afirma.

Agora, aos 42, casado novamente, depois de uma mudança total de rumos e ares, começa em breve com uma nova rotina, bem diferente de ir para Cubatão diariamente: voar para o Brasil e América Latina pilotando um grande avião a jato.

Vale a pena sair da zona de conforto para correr atrás de um sonho? “Não me arrependo nem um minuto, cara”.

A EJ agradece a Azevedo pelo tempo dedicado ao ensino e deseja bons voos na Gol!

Publicado em 06/02/2020


Vídeo: tour pelo campus itápolis

Vídeo


    Mural Informativo


  • Voando para o Futuro: o projeto social da EJ em prol das crianças

    A EJ Faculdade, sempre comprometida com a formação de novos profissionais da aviação, também se destaca por seu impacto social. Através do projeto "Voando para o Futuro", a instituição está levando o universo da aviação a centenas de crianças de escolas públicas, incentivando-as a sonhar alto e a visualizar um futuro nas mais diversas áreas da aviação. Voltado para crianças de 6 a 10 anos, o projeto recebe em média 600 alunos por ano, que têm a oportunidade de visitar as instalações da EJ. Elas interagem com aviões, realizam atividades lúdicas e participam de brincadeiras com o apoio dos próprios alunos e profissionais da faculdade, que se envolvem diretamente na experiência. O "Voando para o Futuro" não se limita apenas a inspirar futuros pilotos. Ele também desperta o interesse por outras carreiras dentro da aviação, como comissários de bordo, mecânicos e até mesmo professores, demonstrando o potencial transformador que o setor pode ter na vida dessas crianças. Embora essa ação social já venha sendo realizada há anos, foi em 2024 que ela ganhou seu nome oficial e começou a expandir seus horizontes. O objetivo da EJ é alcançar ainda mais crianças nos próximos anos, mostrando que o sonho de voar não é apenas coisa de criança, mas sim o início de um futuro e de uma paixão. Com esse projeto, a EJ reafirma seu compromisso não apenas com a educação de excelência, mas também com a sociedade, ajudando a construir um futuro no qual os sonhos também se tornam realidade. Confira o vídeo oficial do projeto clicando aqui

  • André Acaui: De Aluno da EJ a Primeiro Oficial do EMBRAER 195 aos 22 Anos

    A aviação é uma das carreiras que mais proporciona a ascensão de jovens talentos no mundo, Quando aliados a um treinamento de excelência, esses profissionais podem alcançar horizontes inimagináveis.Um exemplo desse sucesso é André Acaui, ex-aluno da EJ – Escola de Aviação Civil, que se tornou primeiro oficial do EMBRAER 195 com apenas 22 anos de idade. André relembra como foi sua experiência durante seu período de formação na EJ e conta como a escola o ajudou a alcançar seu ingresso na Azul Linhas Aéreas "A escola de aviação EJ foi essencial para o meu crescimento enquanto profissional. Iniciei meu percurso na aviação em 2019, aos 18 anos, em Itápolis, realizando o curso de piloto privado, o comercial/IFR até me tornar instrutor de voo em 2022, além de ter realizado a faculdade de pilotagem profissional de aeronaves e outros cursos durante o percurso. Inegável que a estrutura única da escola, combinada com a excelência de ensino foram essenciais para a minha nova trajetória profissional na Companhia Azul Linhas aéreas. Tendo sido admitido em 2023, com 22 anos de idade, como primeiro oficial do EMBRAER 195 tenho a certeza de que o preparo fornecido pela EJ foi essencial para o meu ingresso na aviação comercial. Assim, gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos que fizeram parte deste processo, tanto em Itápolis quanto em Jundiaí, onde também fui instrutor de voo por um período. Por fim, deixo meus Agradecimentos em especial aos Comandantes Edmir e Josué que administram a melhor escola de aviação da América Latina." A participação e determinação de André permanecerão para sempre na história da EJ. Sentimos orgulho de poder ter realizado o seu treinamento e de também poder ter ajudado na conquista desse sonho.

  • Ex-aluno e instrutor EJ hoje voa na Ásia

    Buscando a formação de pilotos profissionais com excelência no mercado, o método de ensino da EJ Escola forma, há anos, pilotos para além das fronteiras do Brasil. Esse é o caso de nosso ex-aluno e instrutor, Maicom Garcia, que escolheu a EJ para a realização de seu sonho de se tornar piloto."Realizei todo o meu treinamento na EJ, desde o curso de piloto privado até o de instrutor de voo. Após a conclusão do curso de instrutor de voo, tive a oportunidade de trabalhar por dois anos como instrutor na escola, antes de iniciar minha carreira na aviação comercial."Após atuar em uma companhia aérea brasileira, Maicom exerceu a profissão na China e, atualmente, voa no Cazaquistão pela empresa Air Astana. Além do método de ensino, o comandante conta como a EJ o ajudou em sua adaptação a diversos ambientes culturais."Voei por sete anos na Avianca, onde me tornei comandante de A320. Após a falência da companhia, voei na China e, hoje, continuo como comandante de A320 no Cazaquistão. Posso dizer que a infraestrutura, filosofia e qualidade do treinamento oferecido pela escola foram primordiais para a formação de uma base forte, que reflete até hoje na minha carreira e facilita muito minha adaptação a qualquer ambiente cultural."Por ter atuado como instrutor na escola, Maicom teve a oportunidade de acumular horas de voo para ganhar experiência e se aprofundar na padronização da equipe de instrução, que segue rigorosos critérios de ensino para familiarizar o piloto com uma operação aérea."A padronização oferecida pela escola é baseada nos mesmos princípios de uma empresa de linha aérea, o que facilita muito a adaptação quando se inicia a carreira na aviação comercial. A EJ possui um ambiente perfeito para o aprendizado. A localização e o clima de Itápolis são ideais para que o aluno tenha um processo de imersão no mundo da aviação, tendo contato direto com toda a parte operacional enquanto desenvolve a parte teórica, facilitando muito a fixação do conteúdo. A infraestrutura também conta com alojamentos e toda a parte de lazer, como piscina e quadra poliesportiva, para os momentos de descanso e interação entre os alunos."Mesmo após anos de sua formação, Maicom ainda mantém contato com a escola e faz parte da história e da família EJ, assim como diversos outros pilotos que tiveram sua formação na escola."Hoje, mesmo morando na Ásia, ainda utilizo os serviços da escola, mantendo minha habilitação de monomotor válida e realizando a renovação do meu ICAO quando venho ao Brasil durante minhas férias. Agradeço ao Cmte Josué e ao Cmte Edmir por todos os ensinamentos que recebi durante os anos em que estive na EJ, e que carrego comigo até hoje."É através de exemplos como esse que buscamos inspirar novos aviadores a irem além das expectativas e voarem mais alto. A EJ se orgulha dessa trajetória e está sempre de braços abertos para todos aqueles que, como Maicom, fizeram parte de nossa história.

DOU 03/05/18
Homologação ANAC Número 051